segunda-feira, 9 de abril de 2012

Os valores ideológicos da nova economia difundindo-se por toda europa. O "furacão" Napoleão Bonaparte. - parte 1 de 3

Os valores ideológicos da nova economia difundindo-se por toda europa. O "furacão" Napoleão Bonaparte. - parte 1 de 3


Napoleão Bonaparte (1769-1821) antes mesmo de se tornar um dos personagens mais importantes da historia ocidental, já era muito admirado nos círculos militares franceses por ter sido o mais jovem francês a alcançar a patente de general, com apenas 24 anos. Mesmo depois de assumir postos de comando na hierarquia militar, Napoleão alcançara grande prestígio entre seus comandados pelo espírito de liderança, habilidades estratégicas que deram vitórias ao exercito francês mesmo contando com menos soldados do que seus inimigos, e, sobretudo por lutar no front junto com seus homens.

Durante a revolução, Napoleão participou da Guarda Nacional e lutou ao lado dos jacobinos contra as coligações que se formaram para invadir a França. Como, por suas campanhas militares, já era considerado herói nacional, admirado pelos militares e pela população, a alta burguesia nele encontrou a liderança perfeita para que pudesse dar fim aos anos turbulentos da Revolução, criando condições para um período mais estável onde as atividades econômicas pudessem se desenvolver mais fluentemente e com mais segurança.

De fato Napoleão se mostrou um administrador competente ao mesmo tempo em que conseguia conter os avanços estrangeiros que queriam acabar com os ideais da Revolução.

Logo em 1800, Bonaparte criou o Banco da França que controlava a emissão de uma nova moeda, o franco, e ao mesmo tempo estimulava a economia interna com empréstimos subsidiados a todos os setores produtivos, e também ao comércio, o que deu maior estabilidade a economia. Politicamente, Napoleão controlava o Conselho de Estado, que era o poder legislativo da França, nomeou ministros e centralizou o poder acabando com a autonomia das províncias. Criou também o Código Civil napoleônico, que consolidava os princípios burgueses ao mesmo tempo em que controlava o movimento dos trabalhadores, proibindo a formação de sindicatos e greves.

Em pouquíssimo tempo Napoleão já tinha uma França com economia saneada e estável e ainda contava com poder centralizado, agora a serviço dos ideais burgueses. O resultado disso é que já em 1804 Napoleão Bonaparte era alçado ao título de Imperador da França com poderes praticamente absolutos, curiosamente uma das instituições, o absolutismo, que os ideais da revolução francesa mais lutaram para derrubar.

Ilustração 26: Cena em que o próprio Napoleão coroa sua Imperatriz, simbolizando que seu poder estava acima da Igreja.

Fonte:http://www.educacional.com.br/reportagens/napoleao/imperio.asp

Com sua economia interna melhor organizada, Napoleão pode concentrar melhor suas atenções para o combate às coligações militares formadas para acabar com o liberalismo francês. Uma a uma (desde a revolução foram sete ao todo) o exercito francês foi vencendo essas coligações e dominando Áustria, Prússia, Espanha, o Sacro Império Romano Germânico e até a gigantesca Rússia.

Em cada nação conquistada Napoleão impunha os ideais da Revolução Francesa, colocando governantes de sua confiança e impondo o código napoleônico nas constituições desses países. Mas o grande alvo de Napoleão era a Inglaterra, inimiga histórica da França. E era aí que se concentrava a maior frustração militar do imperador.

Para derrotar os ingleses, cujo território está numa ilha, Napoleão teria de derrotar a poderosa marinha britânica, o que na prática nunca conseguiu. A Inglaterra, já há muito tempo, era conhecida como senhora absoluta dos mares.

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