sexta-feira, 6 de abril de 2012

A nova economia ampliando o dominio europeu - parte 5 de 5

A nova economia ampliando o dominio europeu -

parte 5 de 5

Efetivamente, a colonização propriamente dita se iniciou com a dinastia dos Stuarts (Elizabeth I pertencia à dinastia dos Tudor), que entregou a duas empresas particulares a tarefa de iniciar a colonização em terras americanas: a Companhia de Londres e a Companhia de Plymouth.

Eram tempos muito instáveis para a Inglaterra. Havia muitos conflitos sociais (expulsão dos camponeses de suas terras), religiosos (em função da reforma anglicana existiam muitos conflitos com outras igrejas cristãs) e políticos com a disputa de poder entre o parlamento e os reis absolutistas.

Portanto, a América passou a ser solução interessante para os reis Stuart, pois, além de possibilitar exploração econômica que atendia os interesses mercantilistas, para lá também seriam mandados o excedente populacional e pobre, que já incomodava as autoridades, e ao mesmo tempo se colocava como destino de fuga tanto de religiosos calvinistas, chamados na Inglaterra de puritanos, como dos inimigos políticos do absolutismo monárquico.

A organização da exploração colonial inglesa se mostrou, em muitos aspectos, particular em relação aos modelos coloniais adotados principalmente pelos países ibéricos.

As treze colônias, grosso modo, podem ser divididas em dois modelos básicos de funcionamento e organização:

a) As colônias do sul - quanto ao seu aspecto de exploração econômica não se diferenciavam muito das colônias espanholas e portuguesa na América. Eram fiscalizadas rigorosamente pela burocracia colonial, desenvolviam latifúndios monocultores (tabaco, algodão, açúcar, anil), adotavam a mão de obra escrava, toda a produção era voltada para o mercado externo e vigorava o pacto colonial;

b) As colônias do norte - pelas características geográficas e climáticas não despertaram maiores interesses dos ingleses pois não haviam ali condições para o desenvolvimento de atividades econômicas que pudessem dar lucros ao Estado absolutista e mercantilista.

Dessa forma, eram colônias em que se desenvolveu certa liberdade administrativa (o self-governament), produção familiar diversificada e em pequenas propriedades, utilização da mão de obra assalariada e desenvolvimento de um intenso mercado interno, que possibilitou inclusive relações comerciais com outras colônias na América Central e até na África (o chamado comércio triangular).

Essa característica peculiar, e muito diferente do modelo ibérico, deu as necessárias condições econômicas e políticas para que essas colônias do norte liderassem o processo de independência dos Estados Unidos em 1776.


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