sexta-feira, 6 de abril de 2012

A nova economia ampliando o dominio europeu - parte 4 de 5

A nova economia ampliando o dominio europeu -

parte 4 de 5

Investiram em conquistas na América Central (regiões do Caribe como o atual Haiti, por exemplo) e no Brasil chegaram a fundar duas colônias, a França Antártica, no Rio de Janeiro (1555) e a França Equinocial, no Maranhão (1612).

Já no Maranhão (França Equinocial) a experiência ocorreu dentro da parceria entre rei e burguesia francesa, embora também esteja presente o espírito religioso pois haviam sacerdotes presentes nos três navios armados que se dirigiram ao Maranhão em 1612.

Fundaram São Luis (em homenagem ao rei Luís IX) e estabeleceram alianças com os índios locais, fato que também ocorrera com a França Antártica. A expulsão definitiva dos franceses só ocorreria em 1615, mas as informações e exploração implementadas por eles foram essenciais para que os portugueses estabelecessem núcleos de povoamento na região. Em 1616, por exemplo, fundou-se um pequeno povoado que viria a se tornar a cidade de Belém, atual capital do Pará.

Os holandeses chegaram a explorar territórios na América do Norte (fundaram Nova Amsterdã, atualmente Nova York) e inicialmente se associaram aos portugueses na empresa açucareira montada no nordeste brasileiro. Emprestavam capitais para a montagem dos engenhos e produção da cana, além de refinar o produto e revende-lo na Europa.

A partir de 1580, com a União Ibérica (junção das coroas portuguesa e espanhola que durou até 1640), os holandeses, em função de problemas políticos com a Espanha, são expulsos do território brasileiro. Como a soma dos capitais investidos no Brasil era muito grande, a burguesia holandesa em parceria com a monarquia promovem a invasão do território brasileiro.

Primeiro em Salvador (1624, expulsos no ano seguinte) e depois em 1630 em Recife, permanecendo ali por 24 anos, dominando praticamente todo o território nordestino estabelecendo administração própria, reurbanizando vilas e cidades e até promovendo as artes (Maurício de Nassau, o administrador holandês, foi quem trouxe para o Brasil os primeiros artistas para retrataram a fauna e flora brasileiras).

A partir de 1644 a orientação econômica do principal grupo mercantil responsável pela exploração holandesa no Brasil, a Companhia das Índias Ocidentais, mudou radicalmente e os brasileiros, com a ajuda dos portugueses (agora livres da União Ibérica) conseguem expulsar definitivamente os estrangeiros do Brasil em 1654, na chamada Insurreição Pernambucana.

Esse processo explica a decadência do chamado ciclo do açúcar no Brasil, pois os investidores holandeses passaram a concentrar seus capitais em produção própria nas Antilhas holandesas, na América Central. Com capital e mercado consumidor garantido, a produção holandesa nas Antilhas toma o lugar dos senhores de engenho brasileiros como fornecedor do açúcar americano para as mesas europeias.

Foi durante o reinado da rainha absolutista Elizabeth I (1558-1603) que a Inglaterra iniciou a exploração da América. Primeiro com expedições de exploração e depois com tentativas frustradas de colonização com o nobre Walter Raleigh, que batizou a nova terra de Virgínia, homenagem à rainha, conhecida como a “rainha virgem”.

Os investimentos da coroa inglesa, no entanto, não lograram tanto sucesso nessa empreitada inicial em função de muitos ataques indígenas e falta de recursos aos colonizadores. A rainha teve mais lucros em associações com piratas conhecidos ingleses (chamados de corsários) que saqueavam os galeões espanhóis que transitavam pelo Atlântico transportando metais preciosos (principalmente prata), explorados nas colônias americanas espanholas em direção à Europa.

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