sábado, 7 de abril de 2012

A nova economia criando o liberalismo - parte 4 de 5

A nova economia criando o liberalismo - parte 4 de 5

No século XVIII duas variantes principais se desenvolveram dentro do liberalismo econômico: a fisiocracia francesa e o liberalismo clássico que se desenvolveu principalmente na Inglaterra.

Faziam parte dos fisiocratas nomes como François Quesnay (1694-1774) e Anne Robert Turgot (1727-1781), que chegou a ser ministro de Estado de Luis XVI, o rei decapitado durante a Revolução Francesa.

Defendiam basicamente que deveria predominar a liberdade de comércio, extinguindo-se regulamentações do governo na área econômica e o fim dos monopólios estatais. O nome fisiocracia significa governo da natureza, pois defendiam que toda a riqueza deriva da terra, da agricultura, embora considerassem as manufaturas da época e o comércio atividades econômicas importantes para qualquer país.

Ilustração 18: O pai do liberalismo clássico Adam Smith. Fonte:http://www.sceconomics.org/support.htm

Já o liberalismo clássico tem no escocês Adam Smith seu grande nome. Smith desenvolveu boa parte das suas ideias em obra considerada por muitos como a bíblia do pensamento liberal burguês: A riqueza das nações.

Era também radicalmente contra a intervenção do estado na economia. Defendia que o próprio mercado deve regulamentar a atividade econômica (a “mão invisível) estabelecendo o preço das mercadorias, custo da matéria prima, mão de obra e preço final dos produtos através da lei da oferta e da procura.

Desenvolveu também conceitos que entendia ser fundamentais para a prática de uma economia livre, como a concorrência, o aumento da produtividade com o desenvolvimento tecnológico e a divisão do trabalho nas unidades de produção. Aliás, Smith defendia que a origem da riqueza está em toda a forma de trabalho e não apenas nas atividades agrícolas como defendiam os fisiocratas.

Em linhas gerais, podemos então definir o Iluminismo como um movimento filosófico-intelectual, baseado no pensamento racional e que defendia a liberdade de expressão, de comércio e de religião. Seus adeptos concentravam suas maiores criticas ao absolutismo, ao mercantilismo, à influencia da Igreja e também se posicionavam contra os privilégios de nascimento.

Um dos grandes nomes do Iluminismo, ou século das Luzes como também é chamado o período, Denis Diderot, traduziu bem em uma frase os grandes alvos a serem combatidos: “O mundo só será inteiramente livre no dia em que o ultimo rei morrer enforcado nas tripas do ultimo padre”.23

23 Retirado de http://pensador.uol.com.br/autor/Denis_Diderot/3/

Nenhum comentário:

Postar um comentário